segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Exposição - “Arte Africana: A arte do Cotidiano”

 
 
Data: 06/11/2010 
 
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 

Abertura da Exposição - “Arte Africana: A arte do Cotidiano”, com peças produzidas pelos Professores da Rede Municipal de Ensino no Projeto Sábados Pedagógicos e Peças do Ceramista mauaense – Rogério Portela. 
 
Indicação: Livre.
Local - Museu Barão de Mauá
Duração - 6 a 30 novembro - segunda a sábado, das 9h às 16h
Ingresso - Gratuito

"DA RUA PARA A GALERIA"

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
"DA RUA PARA A GALERIA" - 
 
Exposição de telas de Grafite do Projeto Canto o Zaíra, Canta o Mundo, resultado final das Oficinas de iniciação Artística do Centro de Formação Cultural Apolo.
 
Indicação: Livre.
Local - Teatro Municipal de Mauá
Duração - 4 a 12 de novembro - das 9h às 18h
Ingresso - Gratuito 
 
Local: TEATRO MUNICIPAL DE MAUÁ
Rua Gabriel Marques, n.º 353 - Centro – Mauá – SP (Acesso também pela Avenida João Ramalho, 456.)
 

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Com a presença do Artista plástico de Mauá, Éder RoolT.



42º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (SP) | 2010

A mostra dos artistas selecionados pela 42ª edição do Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (SP) ocorre entre 30/10/10, às 20h, e 05/12/10 na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

PROGRAMAÇÃO:
Exposição acervo: 01 a 17 de outubro na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

Curso formação de professores com Denise Grinspum: 02 de outubro das 9h30 às 12h e das 14h às 17h no SESC Piracicaba.

Abertura do 42° SAC: 30 de outubro às 20h na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

Mostra de Documentos Históricos do SAC: 09 a 26 de novembro no Centro Cultural Martha Watts.

Primeira Leitura Pública de Portfólios - Juliana Monachesi: 09 de novembro às 20h na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

Segunda Leitura Pública de Portfólios – Marcio Harum: 16 de novembro às 20h na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

Curso “Crise de Artista, Entre o Parar e Produzir” com Cláudia França: 20 e 21 de novembro das 14h às 18h no SESC Piracicaba.

Terceira Leitura Pública de Portfólios – Samantha Moreira: 23 de novembro às 20h na Pinacoteca Municipal Miguel Dutra.

Palestra - O Artista como Curador - Com Ricardo Basbaum: 01 de dezembro às 20h no SESC Piracicaba.

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COMISSÃO ORGANIZADORA:
Alzira Balestero, Flavio Camargo, Lauro Pinoti, Luciana Camuzzo, Gustavo Torrezan.

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ENDEREÇOS:

PINACOTECA MUNICIPAL “MIGUEL DUTRA”: Rua Moraes Barros, 233.Centro. Tel: (19) 3433-4930, www.piracicaba.sp.gov.br

SESC PIRACICABA: Rua Ipiranga, 155. Centro. Tel: (19) 3437-9299. www.sescsp.org.br

CENTRO CULTURAL MARTHA WATTS: Rua Boa Morte, 1257. Centro. Tel: (19) 3124-1889. www.unimep.br/ccmw

O artista plástico Éder RoolT convida para exposição.



Caros Amigos(as)

Convido a todos para a exposição da qual vou participar.
42° Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
Abertura 30 de outubro, Sábado, às 20h.

visitas 01.11 até 05.12

Estarei lá!

Abraços
Éder RoolT

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Lindete e suas Flores



Lindete Maria, moradora de Mauá, Jardim Primavera, junta coincidências em sua vida de florista, comemora aniversário no mês de setembro, mês da primavera, vocacionada a construir flores utilizando matéria prima a natureza, tira informações de materiais de tal forma que cria arranjos únicos de beleza rara, um estilo próprio que foge do “Brega e do Chic” mergulhando inocente num popular requintado, Lindete com muito pouco estudo consegue desenvolver técnica mista apurada e resultados surpreendentes em seus ”arranjos esculturas”.
Ativamente presente em Salões de Arte da Região ABC, e nas temporadas do Mapa Cultural Paulista, por diversas vezes selecionada.


Visite e confira
De 08 de setembro a 03 de outubro de 2010.
Das 8h às 17h de Segunda a Sexta-feira.


Local: Câmara Municipal de Mauá –
Contato: Soares – diretoria@camaramaua.sp.gor.br
Avenida João Ramalho, 305 Vila Noêmia
Mauá – SP –
Tel: 4512-4500

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Entrevista com Sandra Barreiro, artista do tridimensional.

Sandra Barreiro está pela primeira vez participando de uma exposição, trabalhando com objetos tridimensionais, em conversa com as fotografias da mostra “ FILHOS DA TERRA” em exposição no Museu Barão de Mauá, onde reproduções de fotos de Sebastião Salgado ocupam o mesmo espaço com suas esculturas, ou o contrário, a mostra muito bem integrada, permite as duas leituras.

Impressionamo-nos como a arte busca as pessoas para se manifestar, trabalhando muitos anos com decoração e artesanato. Autodidata, Sandra sentiu a necessidade de ir mais além. A transformação dos ambientes a alertou para a necessidade de transformar o mundo através da arte. O artista plástico não é uma pessoa incomum, é uma pessoa que aprendeu a ler o mundo com os olhos da arte.

Para ver o trabalho de Sandra Barreiro, convidamos a todos para ver a bela mostra “ FILHOS DA TERRA” que fica no Museu Barão de Mauá, em Mauá – SP, até dia 30 de setembro.




Uma Voz No Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Sandra Barreiro - Eu sempre me interessei por arte, mas como observadora, comecei há quase 20 anos atrás, restaurando móveis, e ai não parei mais, trabalhei sempre com a transformação de ambientes, personalização de paredes e designer artesanal.
Fui docente no Senac, e também na Prefeitura de Mauá em um projeto que criei pra ensinar artesanato como geração de renda.


Uma Voz No Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Sandra Barreiro - Essa pergunta é bem interessante, neste período de escola, não tinha nenhum interesse pela arte, até achava muito chato, talvez por não estar sendo bem conduzida pelos professores.

Uma Voz No Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Sandra Barreiro - Essa necessidade faz parte de toda a minha existência, mas todas as vezes em que tinha que criar (personalizar) uma parede ou um móvel, ou desenvolver um produto para um cliente, essa necessidade se fazia presente.

Uma Voz No Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Sandra Barreiro - Tudo é muito novo pra mim, embora já trabalhe há muito tempo com “transformações” como falei, me sentir ou ser reconhecido como artista plástico é uma novidade.

Uma Voz No Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Sandra Barreiro - Sim tem sim, é uma pessoa que conheci recentemente, e parece um amigo de muitos anos, (sabe esta sensação, que às vezes temos com algumas pessoas especiais?), nos conhecemos através da arte, ele viu umas máscaras de papel machê, que eu tinha feito, teceu longos elogios, e despertou em mim a vontade de expor meus trabalhos.

Uma Voz No Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Sandra Barreiro - Sou autodidata.

Uma Voz No Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Sandra Barreiro - Não, sinto muita falta deste contato, esta troca é muito enriquecedora.

Uma Voz No Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Sandra Barreiro - Sim, gosto muito do papel machê, as possibilidades que ele nos permite e os muitos acabamentos que este material aceita.

Uma Voz No Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Sandra Barreiro - Esta é a minha primeira exposição, e certamente por este motivo, e pela crítica positiva que recebi, ela ficará em meu coração.

Uma Voz No Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Sandra Barreiro - O Artista não tem que ser um burocrata, ele tem que ser artista, tem que criar, mas precisa de recursos pra isso, esse incentivo tem sim que vir de onde vier, da iniciativa privada e/ou subsídios oficiais.

Uma Voz No Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Sandra Barreiro - Penso que o ensino de arte na escola deixa muito a desejar, pois não estimula o aluno a desenvolver o lado criativo, é uma disciplina só pra cumprir o programa letivo.

Uma Voz No Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Sandra Barreiro - Sim claro, somos como uma antena captando influências e inspiração.
Veja esta exposição, por exemplo, usei como fonte inspiradora a obra de Sebastião Salgado. Não tenho exatamente, um ou dois artistas como inspiração, é uma soma de tudo que me toca.

Uma Voz No Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

Sandra Barreiro - Como você bem pode notar, não sou muito boa com as palavras,
Como diz o poeta Manoel de Barros: “Só uso as palavras pra compor o meu silêncio”
Obrigada pela oportunidade, um grande abraço.
Sandra Barreiro

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

" FILHOS DA TERRA" - Museu Barão de Mauá

" FILHOS DA TERRA" - Exposição 




Fotografias de Sebastião Salgado que fazem parte do acervo da Pinacoteca de Mauá
 
Esculturas de Sandra Barreiro feitas especialmente para esta exposição em consonância com as fotos apresentadas. 
 
A exposição reúne fotografias e esculturas significativas a respeito da sociedade contemporânea, que leva o visitante à uma reflexão crítica das realidades e contradições do cotidiano brasileiro: as migrações, o desemprego, a pobreza, a violência e a exclusão. 
 
De segunda a sábado, das 9h às 16h
De 12/08 a 30/09.
Local - Museu Barão de Mauá
Duração - 07h
Ingresso - Grátis 

  Sandra Barreiro e uma mostra de suas esculturas.





Ofcinas artístico-didáticas que ocorreram paralelas à exposição:
Desenho artístico à carvão
Sexta - 14h Data: 20-08-2010  
Com Daniel Ribeiro, professor de artes plásticas das Oficinas Culturais.
Local - Museu Barão de Mauá 
Duração - aprox. 2h 
Ingresso - Gratis
 
A palavra a partir da imagem
Sexta – 14h 27-08-2010  
Com Edson Bueno de Camargo, poeta da cidade de Mauá. 
Livre
Local - Museu Barão de Mauá
Duração - Aprox. 2h
Ingresso - Gratis

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Abstratos Exposição de obras abstratas do Acervo da Pinacoteca de Mauá-SP

Manabu Mabe




Abstratos
Exposição de obras abstratas do Acervo da Pinacoteca de Mauá
Indicação: Livre
Ingresso: Gratuito

Visitação: 11 de agosto a 30 de setembro de 2010
de Segunda a domingo, das 9hàs 18h.

Local: Saguão do Teatro Municipal de Mauá
Rua Gabriel Marques, n.º 353 - Centro – Mauá – SP (Acesso também pela Avenida João Ramalho, 456.)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Entrevista com o artísta-plástico e arte-educador Paulo Lorenzeti.



O intuito deste blog foi e é, dar voz aos invisíveis, os que estão fora da mídia burguesa e só de entretenimento. De uma certa forma Paulo Lorenzeti, bem ao modo dos surrealistas, deu a justificativa ao nome “Uma voz no invisível”, posteriormente do nome já escolhido, ao nos encaminhar um trecho de um poema de Rilke, ao celebrar a nossa iniciativa, justificou nosso nome. 

Arte educador, Paulo cita Fayga Ostrower, para compor a angústia diante deste grande desafio que é ensinar arte nas escolas. Imprescindível e necessário, mas ao mesmo tempo, ingrato, pois o arte-educador trabalha contra correntes muito conservadoras da pedagogia e preconceitos arraigados nas pessoas. A disciplina ainda é vista com um adereço na escola, de que a arte é uma coisa para escolhidos, e não para pessoas que a escolhem. Dizer que se ensina arte é falso, na medida em que a função do professor de arte é despertar no aluno a arte que já está nele, a arte que cada um carrega dentro de si, e será despertada com o contato adequado e com duro trabalho.

Paulo Lorenzeti é um destes artistas que renunciou o conforto de se trancar em um estúdio isolado do mundo, é dos que acreditam que a verdadeira democracia é a educação, e que dividir o que sabe é uma forma de construí-la. 

Para saber mais do trabalho do Paulo como educador:
e como artista plástico:


Uma voz no invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Paulo Lorenzeti - O meu primeiro contato talvez tenha sido com o meu pai, que sempre foi um exímio desenhista. Adorava vê-lo desenhar e aprendia com ele. Me recordo também de um livro de história sobre o Egito antigo que era do meu irmão, as imagens das esculturas , das pinturas e dos templos me fascinavam. Foi um livro que eu recortei, rabisquei, até ele deixar de existir (acho que eu internalizei, passou a existir dentro de mim). Mas acredito que a presença mais forte, consciente, foi acontecer muito tempo depois em 1997, quando eu me deparei com a capa do cd do Radiohed o “Ok computer” que é um trabalho de Stanley Donwood, daí eu pensei comigo: é isso o que quero fazer!


Uma voz no invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Paulo Lorenzeti - Pra falar a verdade não. Acho que isso veio do meu pai.



Uma voz no invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Paulo Lorenzeti - Como estava dizendo na primeira pergunta... surgiu a partir do meu encontro com o trabalho do Stanley. Mas de alguma forma eu sempre estive necessitado de fazer arte, porém no principio inconsciente, sem saber dar nome às coisas que estava fazendo ou querendo fazer. E tem uma história minha também com o meu primeiro trabalho que foi nas Linhas-Correntes, no bairro do Ipiranga , em São Paulo. Foi lá que descobri o Ribbon (uma fita para impressora de etiqueta) e com o qual eu comecei a fazer desenho e boa parte do meu trabalho é feito com essa fita. Foi a partir do meu envolvimento com este material é que decidi fazer faculdade de arte, me tornar educador/artista....e tantas outras coisas.


Uma voz no invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Paulo Lorenzeti - Eu sempre tive a necessidade de fazer arte, seja lá o que for. Minha produção é diária, vital... não sei, não penso nisso de reconhecimento...acho que só faço.


Uma voz no invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Paulo Lorenzeti - Meu pai de alguma maneira, o Stanley como já havia dito... a Mai Fujimoto



Uma voz no invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Paulo Lorenzeti - Minha habilitação é em Artes plásticas (Fainc) isso no campo mais formal...
Também fiz parte de um coletivo que fez orientações com a Sandra Cinto na casa do olhar...
Mas muitas coisas que considero importante vem do encontro que tive com algumas pessoas, em especial com a Mai Fujimoto...
acho que é isso.


Uma voz no invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Paulo Lorenzeti - Em artes plásticas no momento não. (trabalho só)

Uma voz no invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Paulo Lorenzeti - Está minha pequena trajetória foi feita da experimentação com o Ribbon, a tal fita que descobri lá na fábrica e que depois acabou me tirando de lá...rsrsrs. Fita abençoada.

Uma voz no invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Paulo Lorenzeti - A última exposição: “Tangências”, no paço municipal em Sto. André, foi o auge do desenho com Ribbon.

Uma voz no invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Paulo Lorenzeti - Não sei....acho que precisa defender o seu trabalho, mas não penso nisso.

Uma voz no invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Paulo Lorenzeti - Como respondi em alguma questão anterior ...sou um educador/artista e trabalho numa escola Estadual aqui de Mauá a Diva Gomes dos Santos (aqui vai o endereço do blog se quiserem acompanhar o trabalho por lá: www.artenaescoladivagomes.blogspot.com/), não sei .. nesse caso acho que posso falar apenas do meu trabalho, pois não conheço “efetivamente” outras realidades e sendo assim, acredito que ensinar uma coisa que não se ensina é uma tarefa no mínimo complicada...rsrs. Fico com a Fayga Ostrower: '' é difícil ser professor de arte, pois nós artistas, bem sabemos que arte não se ensina; a única coisa que é possível fazer dificílima, é ajudar os outros a formularem perguntas, suas próprias perguntas. Ao formularem as perguntas, estarão encaminhando se para as possíveis respostas”. Acho que é um pouco disso que tento fazer com as crianças em nossos encontros.


Uma voz no invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Paulo Lorenzeti - Hoje:

1.jonsi and alex
2.mai fujimoto
3.Tom Zé
4.Cildo Meirelles
5.Roberto Piva
6.Joseph Beuys
7.Paulo Freire
8.Chico dos Bonecos
9.Fayga Ostrower
10.José Pacheco
11. (outros...)



Uma voz no invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

Paulo Lorenzeti - Eu só queria agradecer pelo espaço. Obrigado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mauá na final do Mapa Cultural Paulista - com o pintor Éder RoolT




Mauá na final do Mapa Cultural Paulista - com o pintor Éder RoolT

Vernissage dia 16 de julho às 20 horas
Espaço Funarte
Al. Nothmann, 1058 - Santa Cecília

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O artista plástico mauaense está entre os 101 artistas indicados no Prêmio Investidor Profissional de Arte (PIPA).


Vamos fazer nossa torcida, um vez que o  artista plástico mauaense,  Eder Roolt,   está entre os 101 artistas indicados, finalistas do Prêmio Investidor Profissional de Arte (PIPA), Mais um ponto ganho por quem faz artes plásticas em nossa cidade. Para conhecer melhor o Eder Roolt, clique neste link: http://umavoznoinvisivel.blogspot.com/2010/06/entrevista-com-o-artista-plastico-eder.html, onde pode se ver uma entrevista cedida ao nosso blogue. 


O Prêmio Investidor Profissional de Arte (PIPA) é uma parceria entre a Investidor Profissional e o MAM-Rio. Ambos  firmaram uma parceria para a criação do mais relevante prêmio de artes plásticas brasileiro, com a idéia de premiar artistas promissores com produção reconhecida por especialistas como de grande valor artístico merecedora de integrar a coleção do MAM- Rio.

O PIPA tem ainda o objetivo de divulgar e promover a arte e os artistas no Brasil, o Rio de Janeiro, o MAM- Rio e a Investidor Profissional.

Premiação

O prêmio para o vencedor do Júri de Premiação será o maior da arte brasileira: R$ 100.000.
Se o ganhador do Júri de Premiação e do Popular for o mesmo, acumulará os dois Prêmios.
Não haverá prêmio pecuniário para demais indicados ou finalistas. Os benefícios serão em temos de divulgação de seus trabalhos e dos mesmos passarem a integrar o acervo do MAM (no caso dos finalistas) e a inclusão no catálogo da exposição.
Destes, R$ 75.000 em dinheiro e R$ 25.000 para financiar uma residência fora do Brasil. O prêmio do Júri Popular será de R$ 20.000.

http://www.premiopipa.com.br/

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entrevista com o artista plástico Eder Roolt.



Há alguns meses, em uma exposição, em janeiro na Oficina Cultural Oswald de Andrade, assisti a uma interessante discussão em torno da obra de um artista plástico: perguntavam os presentes se aquilo era uma fotografia ou não; para o espanto dos presentes foi revelado que a obra se tratava de uma pintura em óleo sobre tela. O objetivo da pintura não é imitar a fotografia, mas superá-la, pois se formos adiante em nossa observação, vamos verificar detalhes de luz, que a fotografia chapa e perde, e a pintura enaltece e recupera.

O pintor em questão é o artista plástico Eder Roolt, que tem se superado não só na técnica, mas, como ele mesmo diz em sua entrevista, tem se tornado um grande conhecedor de seu ofício, com o estudo de seus predecessores. O princípio da arte é superarmos a nós mesmos, o que está fora modifica o que está dentro de nós. Afirma o pintor que a literatura lhe foi tão importante para se expressar artisticamente quanto o domínio de uma técnica. A arte vai além da técnica, a arte serve para capturar a alma do mundo. Isso nenhuma técnica ensina.

Portanto leia as palavras de Eder Roolt, e para conhecer um pouco mais de sua arte visite seu blog: http://www.flickr.com/photos/roolt/ , e tire suas próprias conclusões.


Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Eder Roolt - Desde muito cedo, mas por volta de 10 ou 12 anos, vendo uma matéria na televisão eu quis saber realmente quem era Tarsila do Amaral e porque seus trabalhos eram tão conhecidos e valorizados. Depois disso comecei a estudar artes.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Eder Roolt - Eu não sei, talvez sim, talvez não. Na escola tive ótimos professores, mas ao invés de fazer arte aprendi a ler e a gostar de ler e isto foi fundamental para minha formação.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Eder Roolt - Todo mudo tem necessidade de se expressar, uma prova disso é a fala, o diálogo. Penso que a artes é apenas uma extensão, ou uma aproximação ao belo. Algumas pessoas têm a pré-disposição para romper e criar paradigmas para que, de uma forma ou outra, pelo menos nosso próprio mundo mude e quem sabe as pessoas ao nosso redor também.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Eder Roolt - Essa é uma pergunta do tipo de quem vem primeiro: a galinha ou o ovo? Podemos ser artista plástico sem sermos reconhecidos. Isso é pessoal. Agora ser reconhecido como um artista plástico é fruto de muito trabalho e determinação.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Eder Roolt - A primeira pessoa que me vem é a minha esposa. Se não fosse por ela meu caminho na pintura teria tido uma distância bem mais longa. E meus filhos é claro, essência do meu trabalho.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Eder Roolt - Sou artista autodidata, meu primeiro curso foi cerâmica e escultura, estudei fotografia sozinho e depois tive orientação do artista plástico Hildebrando de Castro com o qual trabalhei como seu assistente.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Eder Roolt - Tenho muitos amigos artistas de profissão e de várias expressões artísticas diferentes, isso é fundamental, não sei se para a arte, mas principalmente como parte da nossa própria socialização.

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Eder Roolt - Primeiramente fiz muitas experimentações e continuo fazendo, mas dedico maior parte do tempo a pintura a óleo.

Uma Voz no Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Eder Roolt - As duas exposições mais importantes para mim deste ano foram uma na Galeria Oscar Cruz e da minha participação da feira de arte de São Paulo (SpArte). As próximas exposições serão na feira de arte de Buenos Aires (arteBA) em junho e na Funarte em São Paulo em julho.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Eder Roolt - O único subsídio que recebi durante anos foi o da minha esposa que sustentava a casa e as crianças enquanto eu trabalhava sem receber nada.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Eder Roolt - Não sei como é ter ensino de arte formal, mas minha formação artística é bem ampla e intuitiva. Estudei desde história da arte até a história de cada artista que me interessava e suas técnicas.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Eder Roolt - Tenho muitas influências, Hopper, Kandinsk, Da Vinci, Tarcila, Guinard, Mondrian, Hélio Oiticica, Cézanne, essa lista não terá fim, sem dizer dos artistas contemporâneos atuais que são muitos.

Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

Eder Roolt - Muito obrigado! E a cada dia que passa vamos prestigiar mais a arte porque sabemos que vale a pena mudar nosso mundo para melhor, mesmo que seja o nosso próprio mundo. Abraços.

CÂMARA REALIZA EXPOSIÇÃO DE PIERINO MASSENZI


EXPOSIÇÃO DE OBRAS DO ARTISTA PLÁSTICO PIERINO MASSENZI

Pierino Massenzi (1925 – 2009) – nasceu em Roma – Itália, veio para o Brasil em 1947, foi diretor de arte, cenógrafo, desenhista de produção e artista plástico deixou uma coleção de mais de quatro mil quadros e desenhos.
Um homem de múltiplas facetas. Cenógrafo, diretor de artes, decorador, projetista, professor da área de cenografia do Instituto Superior de Cinema da Universidade de São Luiz, em São Paulo e artista plástico. Conseguiu atuar em todas essas áreas e ganhar muitos prêmios.Sua sensibilidade permitiu que realizasse belos trabalhos em tela, dividindo-se em duas vertentes : o abstracionismo e o figurativismo. Este último com uma temática extremamente social em que demonstra a visão crítica de uma sociedade desigual.
Suas obras abstratas, tratam de um universo experimentalista, porém com um embasamento estético captado no cinema.
As obras aqui expostas pertencem ao acervo da Pinacoteca de Mauá, tendo sido doadas ainda em vida pelo próprio artista. É apenas uma pequenina amostra de seu extenso e rico trabalho, mas que tem em si mesma a força estética para bem representá-lo.Pierino Massenzi foi o que podemos chamar hoje de artista multimídia, em um momento em que nem ao menos se discutia este aspecto das artes, hoje relacionado à arte contemporânea. Em sua trajetória como artista, esteve presente em várias manifestações, foi pessoa importante no cinema nacional como cenógrafo, coreógrafo, e outras atividades, mas se destacou como pintor, sendo representado nesta exposição por obras que doou pessoalmente á Pinacoteca de Mauá.

Curadoria: Laurindo Cid, Luciana Lopez e Simone Bello.
Abertura: 30 de abril de 2010 às 14h.
Visitação: 01 de maio a 02 de julho de 2010.

Local: CÂMARA MUNICIPAL DE MAUÁ
Av. João Ramalho, 305 - Vila Noêmia - Mauá – SP (Saguão de Entrada).
Telefone: 4512-4500-(De segunda a sexta das 8h00 às 17h00)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ton Albuquerque nos concede uma entrevista com algumas e suas impressões e dicas.



Histórias em Quadrinhos ou como são conhecidas HQs, são arte? Muita discussão ainda rolará sob a ponte, mas, mais e mais, as grafic novels de qualidade fantástica vem demonstrando que a arte tradicional terá que rever conceitos. As artes gráficas estão ai para ficar e já a bastante tempo. O movimento árt deco e art nouveau no final do século XIX e princípios do XX, já trazia em seu bojo elementos gráficos relevantes, que nunca mais foram abandonados. Não é a toa que as HQs surgiram nesta época, em vários pontos do mundo ao mesmo tempo, cada país tem o seu pai dos quadrinhos, até mesmo no Brasil, se atribui a Angelo Agostini sua invenção. Há quem diga que os quadrinhos são a mais antiga forma de expressão da humanidade, pois nas pinturas rupestres, muitas vezes, os desenhos são seqüenciais e mostram o cotidiano de uma era.
Mais recentemente o mundo foi invadido literalmente pelo quadrinho japonês, primeiro com os animes, e depois com os mangas, influenciando toda uma geração que já curtia super-heróis americanos e europeus. Desta nova geração podemos destacar o Ton Albuquerque que define sua arte como uma mescla ou um amálgama de influencias. Trabalhando já profissionalmente, Ton nos concede uma entrevista com algumas e suas impressões e dicas. Para saber mais do Ton, acessem o seu blogue com uma amostra de seus desenho: 



Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Ton Albuquerque: Gosto de desenhos animados desde pequeno, sempre ficava olhando qual era o desenho mais bonito de traço, rs. Me impressionei com seriados japoneses também, me dava vontade de desenhar meus heróis favoritos, e muitas vezes, criava meus próprios personagens. Quando meu pai me deu a primeira revistinha em quadrinhos, fiquei impressionado como desenhavam tão bem aqueles prédios tão detalhados, e os super-heróis perfeitamente imponentes. Essa fase foi muito importante e decisiva em minha vida.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

T.A: Não, minha vontade de desenhar já vinha desde os 4 anos, lembro que minha mãe desenhava pessoas andando em perfil, pra eu copiar, rs. Ela sem saber, me instigava a desenhar antes mesmo de eu aprender a ler e escrever, rs.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

T.A: Rs, eu acho que a “vontade” de desenhar, veio antes de querer me expressar, rs.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

T.A: Percebia o reconhecimento na escola, rs, com meus colegas querendo desenhos meus, para guardar, ou para conseguirem notas na educação artística.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

T.A: Minha mãe começou o incentivo, rs.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

T.A: Fui autodidata até o dia em que entrei na Escola Oficina, rs, pra me dedicar de vez as ilustrações.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

T.A: Tenho amigos na área, Alguns fazem parte de agremiações até, mas eu, não, rs, por enquanto, é uma escolha.

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

T.A: Trabalho desenhando storyboards, em geral, faço desenhos realistas, vez ou outra, tenho que fazer desenho infantil, ou cartoon. Nos meus projetos pessoais, faço o que quero, alguns dizem que é manga, mas eu sinceramente nem sei mais, rs. Meu estilo, como desenhista em quadrinhos, é um amálgama de manga com quadrinho americano.

Uma Voz no Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

T.A: Exposição da Escola Oficina, com dois desenhos meus, rs, acho que há um deles ainda em amostra no site deles. Lançamento do 4º livro de Luciana Garcia, “O Mais Latino Dos Folclores”, pela editora Caramelo.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

T.A:Nunca utilizei, mas acho válido para quem usa, e pra quem quer usar, rs.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

T.A: Eu não sei como andam as coisas na escola hoje, acho que vai do professor, mas acho que deveria haver um comprometimento maior, mas não só da escola, mas tanto do governo, estado, como das pessoas, da mídia, enfim.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

T.A: Hoje vejo alguns artistas que fazem algo parecido com o que faço, Frank Cho, Terry Dodson, entre outros, e outros que não lembram, mas que me agradam, e me inspiram, como Carlos Pacheco, Ivan Reis, Luke Ross, e muitos outros.


Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

T.A: Não tenho muito para rasgar,rs, mas estou muito contente em poder dizer que sou desenhista, e que isto é profissão, é uma forma de dizer as pessoas que não desistam dos seus objetivos (se eu consegui, qualquer um consegue!), rs. Também agradeço a minha mãe, que me deu lápis e papel quando eu tinha 4 anos, e sempre trazia mais quando eu pedia, sem saber, ela me incentivou, rs. A minha formação e educação começou ali, rs, é a mensagem que quero passar. Até.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Um jovem desenhista" está no Saguão do Teatro Municipal


"Um jovem desenhista" está no Municipal
Caricaturas, retratos, charges e releituras de quadros estão expostos na mostra “Um jovem desenhista”, no saguão do Teatro Municipal, até 8 de junho

Evandro Oliveira/ PM

 
Jermane Wendy expõe seus trabalhos pela primeira vez.São 37 desenhos feitos à lápis de cor, guache, carvão vegetal, canetas esferográfica e hidrocor, grafite, giz pastel e nanquim. “As imagens mais difíceis são as pintadas com guache diretamente em folha de madeira, porque é complicado fazer os efeitos de luz”, explica o autor das obras, Jermane Wendy, de 21 anos.

Esta é a primeira exposição do artista, que é morador de Mauá. Com três charges, ele ganhou a etapa local e representou a cidade no Mapa Cultural Paulista de 2003. Jermane desenha desde os três anos e, atualmente, é aluno de Artes Plásticas das Oficinas Culturais da Prefeitura, onde aprimora suas técnicas.

A visitação é de segunda a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita. 
O Teatro Municipal  localiza-se na rua Gabriel Marques, 353, Vila Noêmia.
 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social
10/05/2010 19:01

terça-feira, 11 de maio de 2010

É o Saci Urbano - Entrevista com Thiago Vaz




Dificilmente quem perambule pelas avenidas de nossas vias metropolitanas, não dê de cara com uma aparição do Saci-urbano. Foi desta maneira que o artista plástico, grafiteiro, arrivista da imagem, Thiago Vaz, encontrou para expressar sua maneira de ver este desencontro urbano em que vivemos e as criatura míticas das matas que hoje só são lembranças.
Thiago Vaz, autodidata, artista pela necessidade de colocar para fora a arte que todos tem dentro de si. Cria uma dicotomia com uma expressão tipicamente urbana que é a arte nos muros e uma criatura que vem do imaginário do Brasil colonial e rural.
Para saber mais de Thiago Vaz visite sua galeria on-line -http://www.flickr.com/photos/thiagovazart/

Vejamos o que Thiago Vaz nos tem a dizer:

Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Thiago Vaz - Tive dois momentos, um na infância aos sete anos de idade e outro na adolescência.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Thiago Vaz - Acredito que tudo que passa pela nossa vida, por mais que não percebemos, influencia para a nossa arte.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Thiago Vaz - Quando senti a necessidade de levar a minha arte ao público.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Thiago Vaz - Vários momentos ao longo da minha trajetória. Quando eu faço um trabalho e quem o vir adquirir um sentimento por este, sempre nesse momento eu serei reconhecido como artista plástico.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Thiago Vaz - Tenho referencias de vários artistas, mas, porém, a minha companheira de certa forma muito me incentivou, mesmo que de forma negativa a primeiro momento, quando essa pessoa me criticava por viver assim, diferente da maioria, com pensamentos e princípios diferentes. No entanto, hoje ela se orgulha de mim e do meu trabalho e da o maior apoio. Ou seja, ela sempre problematizou, e isso fez com que eu nunca me acomodasse.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Thiago Vaz - Garanto que a minha formação pra isso foi usar da ciência de observar e ser muito curioso. Neste novo século me formei graduado em comunicação social, isso ajuda também.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Thiago Vaz - Sou só, um artista solitário. Muitos podem me chamar de individualista, mas eu colaboro com vários outros grupos e coletivos, sejam eles atuantes na área de educação, de folclore, de áudio visual, de graffiti e arte tradicional. Prefiro assim, pois diversifico as experiências e isso muito me enriquece como artista e como pessoa.

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Thiago Vaz - Como eu disse: sou muito curioso. Então eu procuro experimentar quase todas as técnicas quando passo a conhecê-las.

Uma Voz no Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Thiago Vaz - A exposição que muito me ajuda no meu trabalho é a do cotidiano. É coisa de grafiteiro mesmo: saber que sua arte está em todo canto pra todo mundo, e não exclusivamente para um nicho da sociedade. Embora eu tenha participado sempre de exposições coletivas de fator artístico muito importante, aqui no ABC e em São Paulo/capital.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Thiago Vaz - Isso não dá muito certo, atrapalha a criação. O artista tem que ser artista sempre atento a sua realidade. Seria muito bom se pudéssemos ter pessoas parceiras para cuidar não só da papelada, mas também das roupas, do rango, da limpeza, do carro e dos cachorros. Seria perfeito demais pra um artista. Nunca utilizei destes recursos para um trabalho autoral, pois ai não se deve ter interferências. Utilizo sempre desses subsídio quando trabalho em coletivo, como participante.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Thiago Vaz - É importante, mas eu aprecio mais o autodidata.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Thiago Vaz - Todo movimento e linguagem de arte me influência. Na época, em 97 o grupo Guerra de cores, daqui do ABC, depois o Tota de Santo André e hoje em dia eu admiro muito o trabalho do artista Britânico Banksy.

Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo! 

Thiago Vaz - O artista tem mais é que saber de seus direitos e usufruir da liberdade de expressão. E ficar atento pra não ser explorado pelo mercado capitalista que apenas da o cifrão com quantos zeros você quiser, mas não dão o valor que sua arte merece.