sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ton Albuquerque nos concede uma entrevista com algumas e suas impressões e dicas.



Histórias em Quadrinhos ou como são conhecidas HQs, são arte? Muita discussão ainda rolará sob a ponte, mas, mais e mais, as grafic novels de qualidade fantástica vem demonstrando que a arte tradicional terá que rever conceitos. As artes gráficas estão ai para ficar e já a bastante tempo. O movimento árt deco e art nouveau no final do século XIX e princípios do XX, já trazia em seu bojo elementos gráficos relevantes, que nunca mais foram abandonados. Não é a toa que as HQs surgiram nesta época, em vários pontos do mundo ao mesmo tempo, cada país tem o seu pai dos quadrinhos, até mesmo no Brasil, se atribui a Angelo Agostini sua invenção. Há quem diga que os quadrinhos são a mais antiga forma de expressão da humanidade, pois nas pinturas rupestres, muitas vezes, os desenhos são seqüenciais e mostram o cotidiano de uma era.
Mais recentemente o mundo foi invadido literalmente pelo quadrinho japonês, primeiro com os animes, e depois com os mangas, influenciando toda uma geração que já curtia super-heróis americanos e europeus. Desta nova geração podemos destacar o Ton Albuquerque que define sua arte como uma mescla ou um amálgama de influencias. Trabalhando já profissionalmente, Ton nos concede uma entrevista com algumas e suas impressões e dicas. Para saber mais do Ton, acessem o seu blogue com uma amostra de seus desenho: 



Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Ton Albuquerque: Gosto de desenhos animados desde pequeno, sempre ficava olhando qual era o desenho mais bonito de traço, rs. Me impressionei com seriados japoneses também, me dava vontade de desenhar meus heróis favoritos, e muitas vezes, criava meus próprios personagens. Quando meu pai me deu a primeira revistinha em quadrinhos, fiquei impressionado como desenhavam tão bem aqueles prédios tão detalhados, e os super-heróis perfeitamente imponentes. Essa fase foi muito importante e decisiva em minha vida.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

T.A: Não, minha vontade de desenhar já vinha desde os 4 anos, lembro que minha mãe desenhava pessoas andando em perfil, pra eu copiar, rs. Ela sem saber, me instigava a desenhar antes mesmo de eu aprender a ler e escrever, rs.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

T.A: Rs, eu acho que a “vontade” de desenhar, veio antes de querer me expressar, rs.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

T.A: Percebia o reconhecimento na escola, rs, com meus colegas querendo desenhos meus, para guardar, ou para conseguirem notas na educação artística.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

T.A: Minha mãe começou o incentivo, rs.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

T.A: Fui autodidata até o dia em que entrei na Escola Oficina, rs, pra me dedicar de vez as ilustrações.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

T.A: Tenho amigos na área, Alguns fazem parte de agremiações até, mas eu, não, rs, por enquanto, é uma escolha.

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

T.A: Trabalho desenhando storyboards, em geral, faço desenhos realistas, vez ou outra, tenho que fazer desenho infantil, ou cartoon. Nos meus projetos pessoais, faço o que quero, alguns dizem que é manga, mas eu sinceramente nem sei mais, rs. Meu estilo, como desenhista em quadrinhos, é um amálgama de manga com quadrinho americano.

Uma Voz no Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

T.A: Exposição da Escola Oficina, com dois desenhos meus, rs, acho que há um deles ainda em amostra no site deles. Lançamento do 4º livro de Luciana Garcia, “O Mais Latino Dos Folclores”, pela editora Caramelo.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

T.A:Nunca utilizei, mas acho válido para quem usa, e pra quem quer usar, rs.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

T.A: Eu não sei como andam as coisas na escola hoje, acho que vai do professor, mas acho que deveria haver um comprometimento maior, mas não só da escola, mas tanto do governo, estado, como das pessoas, da mídia, enfim.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

T.A: Hoje vejo alguns artistas que fazem algo parecido com o que faço, Frank Cho, Terry Dodson, entre outros, e outros que não lembram, mas que me agradam, e me inspiram, como Carlos Pacheco, Ivan Reis, Luke Ross, e muitos outros.


Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

T.A: Não tenho muito para rasgar,rs, mas estou muito contente em poder dizer que sou desenhista, e que isto é profissão, é uma forma de dizer as pessoas que não desistam dos seus objetivos (se eu consegui, qualquer um consegue!), rs. Também agradeço a minha mãe, que me deu lápis e papel quando eu tinha 4 anos, e sempre trazia mais quando eu pedia, sem saber, ela me incentivou, rs. A minha formação e educação começou ali, rs, é a mensagem que quero passar. Até.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

"Um jovem desenhista" está no Saguão do Teatro Municipal


"Um jovem desenhista" está no Municipal
Caricaturas, retratos, charges e releituras de quadros estão expostos na mostra “Um jovem desenhista”, no saguão do Teatro Municipal, até 8 de junho

Evandro Oliveira/ PM

 
Jermane Wendy expõe seus trabalhos pela primeira vez.São 37 desenhos feitos à lápis de cor, guache, carvão vegetal, canetas esferográfica e hidrocor, grafite, giz pastel e nanquim. “As imagens mais difíceis são as pintadas com guache diretamente em folha de madeira, porque é complicado fazer os efeitos de luz”, explica o autor das obras, Jermane Wendy, de 21 anos.

Esta é a primeira exposição do artista, que é morador de Mauá. Com três charges, ele ganhou a etapa local e representou a cidade no Mapa Cultural Paulista de 2003. Jermane desenha desde os três anos e, atualmente, é aluno de Artes Plásticas das Oficinas Culturais da Prefeitura, onde aprimora suas técnicas.

A visitação é de segunda a domingo, das 9h às 18h, com entrada gratuita. 
O Teatro Municipal  localiza-se na rua Gabriel Marques, 353, Vila Noêmia.
 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social
10/05/2010 19:01

terça-feira, 11 de maio de 2010

É o Saci Urbano - Entrevista com Thiago Vaz




Dificilmente quem perambule pelas avenidas de nossas vias metropolitanas, não dê de cara com uma aparição do Saci-urbano. Foi desta maneira que o artista plástico, grafiteiro, arrivista da imagem, Thiago Vaz, encontrou para expressar sua maneira de ver este desencontro urbano em que vivemos e as criatura míticas das matas que hoje só são lembranças.
Thiago Vaz, autodidata, artista pela necessidade de colocar para fora a arte que todos tem dentro de si. Cria uma dicotomia com uma expressão tipicamente urbana que é a arte nos muros e uma criatura que vem do imaginário do Brasil colonial e rural.
Para saber mais de Thiago Vaz visite sua galeria on-line -http://www.flickr.com/photos/thiagovazart/

Vejamos o que Thiago Vaz nos tem a dizer:

Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Thiago Vaz - Tive dois momentos, um na infância aos sete anos de idade e outro na adolescência.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Thiago Vaz - Acredito que tudo que passa pela nossa vida, por mais que não percebemos, influencia para a nossa arte.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Thiago Vaz - Quando senti a necessidade de levar a minha arte ao público.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como um artista plástico?

Thiago Vaz - Vários momentos ao longo da minha trajetória. Quando eu faço um trabalho e quem o vir adquirir um sentimento por este, sempre nesse momento eu serei reconhecido como artista plástico.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Thiago Vaz - Tenho referencias de vários artistas, mas, porém, a minha companheira de certa forma muito me incentivou, mesmo que de forma negativa a primeiro momento, quando essa pessoa me criticava por viver assim, diferente da maioria, com pensamentos e princípios diferentes. No entanto, hoje ela se orgulha de mim e do meu trabalho e da o maior apoio. Ou seja, ela sempre problematizou, e isso fez com que eu nunca me acomodasse.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Thiago Vaz - Garanto que a minha formação pra isso foi usar da ciência de observar e ser muito curioso. Neste novo século me formei graduado em comunicação social, isso ajuda também.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Thiago Vaz - Sou só, um artista solitário. Muitos podem me chamar de individualista, mas eu colaboro com vários outros grupos e coletivos, sejam eles atuantes na área de educação, de folclore, de áudio visual, de graffiti e arte tradicional. Prefiro assim, pois diversifico as experiências e isso muito me enriquece como artista e como pessoa.

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Thiago Vaz - Como eu disse: sou muito curioso. Então eu procuro experimentar quase todas as técnicas quando passo a conhecê-las.

Uma Voz no Invisível - Destaque alguma exposição (mostra ou outros) ou exposições das quais participou, de forma individual ou coletiva, que considere importante ou fundamental (artística ou afetiva) em sua atuação.

Thiago Vaz - A exposição que muito me ajuda no meu trabalho é a do cotidiano. É coisa de grafiteiro mesmo: saber que sua arte está em todo canto pra todo mundo, e não exclusivamente para um nicho da sociedade. Embora eu tenha participado sempre de exposições coletivas de fator artístico muito importante, aqui no ABC e em São Paulo/capital.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Thiago Vaz - Isso não dá muito certo, atrapalha a criação. O artista tem que ser artista sempre atento a sua realidade. Seria muito bom se pudéssemos ter pessoas parceiras para cuidar não só da papelada, mas também das roupas, do rango, da limpeza, do carro e dos cachorros. Seria perfeito demais pra um artista. Nunca utilizei destes recursos para um trabalho autoral, pois ai não se deve ter interferências. Utilizo sempre desses subsídio quando trabalho em coletivo, como participante.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Thiago Vaz - É importante, mas eu aprecio mais o autodidata.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Thiago Vaz - Todo movimento e linguagem de arte me influência. Na época, em 97 o grupo Guerra de cores, daqui do ABC, depois o Tota de Santo André e hoje em dia eu admiro muito o trabalho do artista Britânico Banksy.

Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo! 

Thiago Vaz - O artista tem mais é que saber de seus direitos e usufruir da liberdade de expressão. E ficar atento pra não ser explorado pelo mercado capitalista que apenas da o cifrão com quantos zeros você quiser, mas não dão o valor que sua arte merece.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Entrevista com a artista plástica Cristiane Carbone -



Nesta série de entrevistas conversaremos um pouco, para desvendamos mais um aspecto da arte que se faz ou é feita por artistas que tem alguma relação com a nossa cidade de Mauá - SP. Sabemos que para a arte, a localização geográfica não é primordial, mas é impossível que as cidades em que vivemos e construímos nossa arte, não nos afete de alguma maneira.

A arte é universal, mas nós somos geograficamente localizados, nossa obra é que nos projeta para além destes frágeis muros psicológicos que nos cercam e que chamamos de fronteiras.

A primeira entrevistada é a artista plástica Cristiane Carbone, que encontrou na pintura a óleo sobre tela sua grande expressão. Como muitos mauaenses, nasceu em Santo André/SP, em 8 de fevereiro de 1973. 

Descobriu o gosto pelo desenho aos 7 anos de idade, iniciou um curso de desenho artístico em 1990 na Escola Oficina de Artes (Santo André), onde teve o primeiro contato com a tinta a óleo, porém passou a dedicar-se inteiramente a pintura em 1994, onde iniciou aulas de pintura óleo sobre tela, no atelier do profº Edson Raposeiro. Sua primeira exposição se deu em março de 1995. Em 1997, após realizar uma série de exposições a artista passou a freqüentar aulas de pintura no atelier do prof º Euclides Rios, onde fez um curso de aprimoramento em Técnicas de Pinturas para profissionais. A artista está catalogada no Artes Plásticas Brasil Volume 10/98 (Catálogo Júlio Louzada).

Podemos conferir mais informações sobre a artista em seu blogue: http://cristianecarbone.blogspot.com/ - com muitas informações sobre a artista. exposições que participou e a sua obra, vale a pena conferir.

Vamos então à entrevista com a artista plástica Cristiane Carbone -

Uma Voz no Invisível - Qual foi seu primeiro contato com as artes plásticas e ou visuais? Quando estas artes se destacaram em seu mundo?

Cristiane Carbone - Comecei a desenhar aos 7 anos, porém eram desenhos simples, porém muito importantes para minha visão de criança. Foi aí que comecei a sonhar em ser artista um dia.

Uma Voz no Invisível - Em algum momento a escola formal (fundamental ou médio) criou em você interesse ou necessidade de fruição da arte e suas expressões?

Cristiane Carbone - Sim. Comecei a me destacar na escola, com os trabalhos e cartazes. Meus professores foram grandes incentivadores.
Estudei no SESI, entre a 6ª e a 8ª séries, onde tive grande apoio dos professores.
Eles inclusive pediam para eu ajudar nos cartazes da escola. O que valorizava o ego, pois ao invés de ficar nas aulas chatas, os professores ligados as artes solicitavam minha ajuda. Foi muito legal.

Uma Voz no Invisível - Em que momento sentiu a necessidade de se expressar como artista plástico?

Cristiane Carbone - Em 1991 fiz um curso de Desenho Artístico na Escola Oficina de Artes, em Santo André, aí tive meu 1º contato com a tinta a óleo. Foi aí que despertou em mim o interesse pela arte. Até então pensava em ser apenas uma desenhista.

Uma Voz no Invisível - Em que momento se viu ou sentiu ou foi reconhecido como artista plástico?

Cristiane Carbone - Quando realizei minha primeira exposição, que foi na agência da Nossa Caixa , em Mauá, em 1995.

Uma Voz no Invisível - Existiu ou existe uma pessoa em especial que lhe inspirou neste caminho ou lhe incentivou de forma positiva?

Cristiane Carbone - Sim, meu tio-avô paterno, Gero Mancuso. Também meu pai sempre foi meu maior incentivador e admirador da minha arte. Chegou a comprar quadros meus para presentear amigos.
Inclusive, quando solteiro, meu pai ia fazer exposição com este tio, no Embu das Artes.

Uma Voz no Invisível - Qual a sua formação na área de artes plásticas e ou visuais (mesmo as informais; oficinas, de pesquisa individual, autodidata ou coletiva e outros)?

Cristiane Carbone - Conforme citei anteriormente, realizei um curso de Desenho Artístico na Escola Oficina de Artes, Frequentei o Atelier do artista Edson Raposeiro e do ProFº Euclides Rios.

Uma Voz no Invisível - Participa de algum coletivo, grupo ou outra forma de agremiação de artistas, mesmo que não envolva a produção, mas também a mera discussão das expressões e meios de produção ou puro contato com seus pares?

Cristiane Carbone - Não

Uma Voz no Invisível - Existe alguma técnica em que se especializou? Faz outras experimentações?

Cristiane Carbone - Óleo sobre Tela, estou numa busca constante. Pra mim esta é a verdadeira manifestação artística, a busca pessoal que acaba refletindo no trabalho.

Uma Voz no Invisível - O que acha de subsídios oficiais para produção de artistas? Se utiliza ou já se utilizou destes recursos? O artista deve ser também um burocrata?

Cristiane Carbone - Sinto que falta apoio para a produção de arte e principalmente para o artista. Todos querem fazer uso da arte gratuitamente, esquecem que o artista é um profissional e necessita ser remunerado pelo seu trabalho.
Os espaços culturais que existem, não se preocupam por apoiar o trabalho do artista e remunerá-lo por isso. todos querem que o artista faça seu trabalho graciosamente.
Gostaria muito que o governo municipal da minha cidade respeitasse meu trabalho como de um profissional, valorizando e remunerando por isso.

Uma Voz no Invisível - Dê a sua opinião sobre o ensino de arte na escola formal e outras formas de educação.

Cristiane Carbone - No meu ponto de vista, a arte é o intercambio com todas as disciplinas. Capaz de envolver todos os alunos e resgatar valores que encontram-se sufocados.
A arte é um instrumento para a solução de vários problemas, a começar pela educação, pois a arte é antes de mais nada um meio de comunicação e expressão.

Uma Voz no Invisível - Quais suas influências? Algum artista ou grupo de artistas lhe serviu de inspiração para seu trabalho ou lhe incentivou a produzir arte?

Cristiane Carbone - Como citei anteriormente, sempre admirei o trabalho do meu tio-avô, e o trabalho dos dois professores de arte que tive.
Com relação a produção de arte, foi um caminho que encontrei sozinha.

Uma Voz no Invisível - Neste momento você tem a palavra, fale sobre, dê sua opinião ou alguma informação que não foi revelada pelas questões anteriores e que considere pertinente ou simplesmente queira dizer. Rasgue o verbo!

Cristiane Carbone - Gostaria sinceramente que o governo municipal de Mauá, pudesse voltar os olhares para os artistas que representam a cidade. Já tive oportunidade de levar o nome da cidade a outros estados e não tive o melhor apoio da cidade. Tenho a impressão que pensam que o artista vive de brisa, e ilusão.
Ao invés de apoio, fazem propostas que não se concretizam., o respeito é fundamental e não encontro isso na cidade em que moro por mais de 34 anos. É uma vergonha.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mostra “De Olhos Vendados” aproxima as pessoas das artes


Mostra “De Olhos Vendados” aproxima as pessoas das artes
Secretaria de Saúde também fará campanha de doação de armações de óculos

Divulgação

Mostra estará no Museu Barão de Mauá entre 10 de maio e 8 de julho
A capacidade de ‘enxergar com as mãos’ é a proposta da exposição “De Olhos Vendados”, que estará no Museu Barão de Mauá entre 10 de maio e 8 de julho. Farão parte da mostra entre 30 e 50 esculturas, feitas em papel machê, que estarão dispostas em composições.

“O conceito é, também, aproximar as pessoas das peças por meio da arte tátil, ou seja, outro sentido que não a visão”, explica a artista plástica autora das obras, Adriana Rizkallah.

A exposição será voltada para pessoas com deficiência visual e para o público em geral. É uma realização da Secretaria de Cultura, Esportes e Lazer de Mauá em parceria com a Associação Brasileira de Artistas Plásticos de Colagem (ABAPC). O responsável pela curadoria é Robert Richard.

A visitação será de segunda a sábado, das 9h às 16h.

Além da mostra, estão agendadas palestras e uma oficina para o mês de maio, conforme programação abaixo.

Doação de armações de óculos

No mesmo período em que ocorre a exposição, 10 de maio a 8 de julho, a Secretaria de Saúde promoverá uma campanha de doação de armações de óculos usadas que estejam em bom estado.

Posteriormente, o que for arrecadado será entregue à população por meio da Secretaria de Assistência Social. As doações serão recebidas em qualquer uma das 21 unidades básicas de saúde do município.

Programação 

07/05 – sexta-feira
14h
Palestra com a artista plástica Adriana Rizkallah
Abordará a questão da deficiência visual, contextualizando com o seu trabalho.
Público: Especialistas das áreas de educação especial, saúde, cultura, esportes, lazer e educadores em geral.
30 vagas

14/05 – sexta-feira
10h e 14h
Oficina:
Deficiência visual no contexto escolar
Com a equipe do Cemei Cleberso
n da Silva
Público: Professores, estudantes e pais
30 vagas por período

28/05 – sexta-feira
10h e 14h
Oficina:
Áudio-livro
Vivência para o desenvolvimento de outros sentidos na falta da visão
Com agentes da Secretaria de Saúde de Mauá
Aberta para o público em geral
30 vagas por período

As inscrições podem ser feitas no próprio Museu, localizado à rua Dr. Getúlio Vargas, 276, na Vila Guarani ou pelos telefones 4519-4011 e 4519-6456, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Mauá
Secretaria de Comunicação Social